Da Intervenção precoce à intervenção escolar na perturbação do espectro do Autismo (PEA) turma T2
Apresentação
Numa atualidade, que se pretende uma Escola moderna, inovadora e inclusiva são constantes os desafios para os profissionais da educação perante a diversidade de perfil das crianças/alunos. Almeja-se que a individualidade de cada criança/aluno seja respeitada e valorizada, contribuindo para o enriquecimento de toda a comunidade. Por este motivo, a presente formação procura dotar os formandos com conhecimento sobre os princípios e valores da Educação Inclusiva e Equitativa, estratégias de diferenciação pedagógica, medidas educativas, metodologias de avaliação e monitorização das aprendizagens, para que cada criança/aluno possa intervir, participar, adquirir saber e desenvolver competências essenciais para a sua vida quotidiana autodeterminação e autonomia. Importa atualizar o conhecimento científico, refletir sobre o mesmo, para o poder aplicar à prática profissional. A Perturbação do Espetro do Autismo (PEA) é uma das mais latentes perturbações do desenvolvimento humano e afeta, atualmente, cerca de 1% da população (DSM-5, 2013). Pelo crescente diagnóstico e pela diversidade das manifestações desta perturbação, os profissionais de educação necessitam de estar a par da caracterização, bem como da intervenção possível de forma a encontrar a melhor resposta a cada criança/aluno com PEA.
Destinatários
Educadores de Infância, Professores dos Ensinos Básico e Secundário e Professores de Educação Especial
Releva
Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação não releva para efeitos de progressão em carreira. Para efeitos de aplicação do artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação não releva para efeitos de progressão em carreira. No âmbito do Despacho n.º 4840/2023, publicado a 21 de abril de 2023 a ação de formação, releva na dimensão científico-pedagógica para a progressão da carreira docente Educadores de Infância, Professores dos Ensinos Básico e Secundário e Professores de Educação Especial.
Objetivos
1. Conhecer a legislação e a dinâmica que regulamenta a Intervenção Precoce; 2. Reconhecer os sinais de alerta da Perturbação do Espetro do Autismo (PEA) nas diferentes faixas etárias; 3. Reconhecer a importância da Intervenção Precoce como mais-valia na articulação e intervenção em contexto escolar; 4. Apreender os conceitos basilares da Legislação da Educação Inclusiva em Portugal. 5. Conhecer o processo de desenvolvimento da transição entre ciclos; 6. Conhecer o conceito de Perturbação do Espectro do Autismo e proposta de metodologias de intervenção; 7. Delinear propostas de intervenção pedagógica/definição de estratégias pelo docente, de acordo com o perfil d@ alun@ com Perturbação do Espectro do Autismo; 8. Refletir sobre as medidas educativas a aplicar atendendo às necessidades d@ alun@ com PEA.
Conteúdos
1. Educação inclusiva 1.1 Princípios e valores da Educação Inclusiva e Equitativa 1.3 Equidade no acesso a uma Educação de Qualidade 1.4 Oportunidades Educativas 1.5 Valorização da diversidade 1.6 Princípio da não discriminação 2. Políticas Educativas para a Inclusão: legislação em Portugal. 3. Perturbação do Espectro do Autismo 3.1 Características da Perturbação do Espectro do Autismo 3.2. Comorbilidades 3.3. Modelos de Intervenção 3.4. Teorias Neuropsicológicas 4. A Aprendizagem e a Participação 4.1 Aplicação de medidas de apoio integrado centrado na criança e na família; aplicação de medidas educativas, tendo por base a legislação como suporte à aprendizagem e à inclusão: Decreto-Lei 281/2009, de 6 de outubro; Decreto-Lei 54/2018, de 6 de julho, na sua redação atual. 4.3 Estratégias de diferenciação pedagógica e intervenção nos diversos contextos de aprendizagem; 4.4 Avaliação e monitorização do processo educativo; 4.5 Envolvimento da Família no percurso educativo d@ alun@.
Metodologias
As sessões síncronas terão na sua base metodológica a apresentação científica de conceitos e desenvolvimento de conteúdos, fomentando o diálogo construtivo e a partilha de experiências profissionais. O formando terá oportunidade de participar ativamente através de dinâmicas de brainstorming, visualização de vídeos, análise de documentos/casos exemplo e trabalhos de grupo. Nas sessões assíncronas privilegiar-se-á a pesquisa orientada, a reflexão e a elaboração de trabalhos individuais práticos (análise de casos e propostas de estratégias de intervenção, de acordo com o partilhado nas sessões síncronas). Em suma, a metodologia seguirá uma vertente teórico-prática.
Avaliação
- Instrumentos de avaliação dos formandos e respetiva ponderação: - Participação/realização das atividades práticas (30%) - Relatório final de reflexão crítica (70%) - De acordo com o Art 46º do ECD em vigor e as orientações das Cartas Circular CCPFC-3/2007 e CCPFC-1/2008, os formandos serão avaliados com a menção qualitativa de: - 1 a 4,9 valores - Insuficiente - 5 a 6,4 valores - Regular - 6,5 a 7,9 valores - Bom - 8 a 8,9 valores - Muito Bom - 9 a 10 valores Excelente
Bibliografia
American Psychiatric Association. Diagnostic and statistical manual of mental disorders: DSM 5. American Psychiatric Publishing Inc, Washington DC, abril de 2013.Antunes, Nuno Lobo et al. Sentidos, Alfragide: Editora Lua de papel, 2019. P. 115-208Bandeira de Lima, Claúdia. Perturbações do Neurodesenvolvimento. Lisboa Lidel-edições técnicas, lda, 2015. P. 81-115.Rogers,Sally J. et al. Autismo compreender e agir em família. Lisboa: Lidel-edições técnicas, lda, 2012.Rogers, Sally J. et al . Intervenção Precoce em crianças com autismo. Lisboa: Lidel-edições técnicas, lda, 2010.
Anexo(s)