Apresentação

O desenvolvimento da competência digital nas Unidades Orgânicas (UO) é uma dimensão fundamental na qualidade do trabalho de aprendizagem realizado nas escolas. Há referenciais europeus que enquadram o desenvolvimento digital das escolas, nomeadamente o DigCompEdu (Competência Digital dos Docentes) e o DigCompOrg (Competência Digital das Organizações). Através destes referenciais, o propósito deste curso, que integra o projeto: “Our Digital Village” terá como objetivo capacitar os formandos(as), no uso de ferramentas digitais e da utilização de novas tecnologias que facilitem e otimizem as suas práticas, tanto em sala de aula como em ambientes digitais. O foco do curso será introduzir e explorar tecnologias emergentes e metodologias que possam ser aplicadas e replicadas para melhorar e inovar no processo de transmissão, da experiência de aprendizagem aos alunos e no trabalho diário dos professores, num desenvolvimento integral, no âmbito da Capacitação Digital dos Docentes, promovidos pela Direção-Geral da Educação.

Destinatários

Educadores de Infância, Professores do Ensino Básico, Secundário e Educação Especial

Releva

Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação não releva para efeitos de progressão em carreira. Para efeitos de aplicação do artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação não releva para efeitos de progressão em carreira.

Objetivos

Pretende-se fomentar, ao nível da UO, a promoção de estratégias e ações integradoras do digital, que permitam melhorar e diversificar a qualidade do trabalho realizado, nomeadamente: +Capacitando os formandos(as) com a utilização de ferramentas digitais e de novas tecnologias que facilitem e otimizem o ensino; +Introduzindo e explorando tecnologias e metodologias ativas emergentes de ensino em sala de aula no campo do digital; +Melhorando e inovando no processo de transmissão, da experiência de aprendizagem aos alunos e no trabalho diário dos professores com a utilização frequente de ferramentas digitais para criação de conteúdos interativos; + Auxiliando na planificação e implementação de aulas digitais, desenvolvendo e apresentando um projeto prático pessoal, com base nos conteúdos abordados nas sessões.

Conteúdos

Módulo 1: Introdução e Planeamento do Curso (4 horas presenciais)  Apresentação do curso e das expetativas dos formandos(as).  Introdução às metodologias de ensino modernas e competências digitais.  Planeamento inicial do projeto autónomo.  Atividade prática. Módulo 2: Competências Digitais para o Ensino (4 horas síncronas)  Ferramentas digitais: Canva, Kahoot, Genially e Padlet.  Criação de conteúdos interativos e atividades.  Atividade prática. Módulo 3: Metodologias Ativas de Ensino e Motivação e Envolvimento (4 horas síncronas)  Exploração das metodologias: sala de aula invertida, aprendizagem baseada em problemas e aprendizagem baseada em projetos.  Discussão de exemplos práticos e planeamento de atividades.  Atividade prática. Agrupamento de Escolas de Manteigas Distinção Municipal de Mérito – Grau Ouro Agrupamento de Escolas de Manteigas Sede: Escola Básica e Secundária de Manteigas Rua S. Lourenço – 6260-150 Manteigas 275980040 / 963585582 http://escolasdemanteigas.com / escola.basica.manteigas@sapo.pt  Motivação intrínseca e extrínseca.  Uso de gamificação e feedback positivo para aumentar o envolvimento dos alunos.  Atividade prática. Módulo 4: Atividade autónoma (10 horas assíncronas)  Desenvolvimento da atividade autónoma. Módulo 5: Apresentação de Projetos e Feedback (3 horas presenciais)  Apresentação dos projetos desenvolvidos pelos formandos(as).  Discussão e feedback colaborativo.  Atividade prática

Metodologias

As atividades de ensino-aprendizagem desenvolvem-se em sessões teórico e teórico-práticas, com uma carga horária total de 25 horas, com recurso a metodologias de trabalho individual, de pares e de grupo, sempre contextualizadas com a prática pedagógica dos formandos(as). Serão ministradas em formato presencial e à distância. Nas 15 horas de formação, presencial e síncrona, será promovida uma dinâmica facilitadora de debates e de momentos de partilha, com base nas práticas/experiências dos formandos(as) nos diferentes contextos de prática pedagógica. Serão posteriormente propostas atividades, para o desenvolvimento das temáticas, em contexto de sala de aula, onde cada participante deverá dedicar 10 horas assíncronas ao desenvolvimento de um projeto pessoal, com base nos conteúdos abordados nas sessões, destinando-se à aplicação prática dos conhecimentos adquiridos. Será feita a apresentação ao grupo, na última sessão presencial.

Avaliação

A formação supõe a frequência obrigatória em dois terços do número de horas de duração da ação.  Serão propostas atividades /tarefas que os formandos(as) realizam ao longo das várias sessões do curso de formação. Todos os trabalhos produzidos pelos formandos(as) – resoluções de tarefas, por exemplo, executadas no decurso das sessões serão disponibilizados num portefólio digital, acessível através da plataforma de suporte à ação de formação. Os formandos(as), ao longo das sessões, refletem sobre as práticas pedagógicas e Recursos Educativos Digitais (RED), no seu contexto e de outras escolas eventualmente.  No final elaboram um projeto de implementação digital de uma prática letiva, partilhando-o no local próprio da plataforma e submetendo-o à apreciação do grupo.

Modelo

Aplicação do determinado no regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, Decreto-lei n.º 22/2014, de 11 de fevereiro, conjugado com o Despacho n.º 4595/2015, de 6 de maio e com o “Regulamento para Acreditação e Creditação para Ações de Formação Contínua”.  A classificação é quantitativa, na escala 1 a 10 seguindo o regime de avaliação conforme indicado no Despacho 4595/2015, de 6 de maio, respeitando todos os dispositivos legais de avaliação contínua e tendo por base a participação/contributos e trabalho final, elaborado e apresentado pelos formandos(as). Aplica-se a seguinte escala, na conversão da avaliação quantitativa (1 a 10 pontos) para a avaliação qualitativa de 5 níveis (entre insuficiente e excelente):  Insuficiente – 1 a 4,9 pontos;  Regular – 5 a 6,4 pontos;  Bom – 6,5 a 7,9 pontos;  Muito Bom – 8 a 8,9 pontos;  Excelente – 9 a 10 pontos.

Bibliografia

Bergmann, J., & Sams, A. (2012). Flip Your Classroom: Reach Every Student in Every Class Every Day. International Society for Technology in Education. Base para explorar a sala de aula invertida e planear atividades práticas. 2. Barrows, H. S., & Tamblyn, R. M. (1980). Problem-Based Learning: An Approach to Medical Education. Springer. Fundamento da aprendizagem baseada em problemas, aplicável a várias áreas. 3. Larmer, J., & Mergendoller, J. R. (2015). Gold Standard PBL: Essential Project Design Elements. Buck Institute for Education. Guia prático sobre aprendizagem baseada em projetos. 4. Kapp, K. M. (2012). The Gamification of Learning and Instruction: Game-based Methods and Strategies for Training and Education. Pfeiffer. Guia completo sobre gamificação no ensino. 5. Puentedura, R. R. (2009). SAMR Model: A Framework for Using Technology in Education. Disponível online. Modelo essencial para integrar ferramentas digitais como Canva, Kahoot, Genially e Padlet no ensino.